Outras coisas: «Para mim Costa não é um mistério», (2), (3), (4), (5), (6), (7) , (8), (9), (10) e (11).
«Ou seja, tudo indica que elogiar os progressos do país num casino cheio de chineses tenha prejudicado mais Costa do que os atrasos de pagamento à Segurança Social prejudicaram Passos Coelho. …
Daqui até ao Outono há mais do que tempo para surgirem notícias que comprometam o PS muito para além de Sócrates. A ser verdade o que anda a ser publicado, não é possível que a manipulação de concursos estatais e o forrobodó das obras públicas possam ter sido realizados sem uma razoável teia de cumplicidades. E se mais suspeitas caírem em cima dos socialistas até às eleições, tudo pode vir a ser posto em causa.
Parte do que se passa com António Costa tem, pois, a ver com a dificuldade de renovação do PS e com uma maior proximidade aos socráticos do que aquela que António José Seguro tinha. Com Costa vieram demasiadas caras antigas, demasiados assessores antigos, demasiada tralha socrática — e o que seria um trunfo em Outubro transformou-se num pesadelo a partir da noite de 21 de Novembro de 2014. O que se passa com António Costa é isto: o peso do passado está a comprometer o seu futuro. E a procissão ainda vai no adro.»
«O que se passa com António Costa?», João Miguel Tavares no Público
Registo com estupefacção (é mentira – já vivo em Portugal há demasiados anos para ficar estupefacto) que um momento chinês quase único de sinceridade de António Costa o tenha aparentemente prejudicado mais do que os múltiplos momentos de insinceridade (este é o meu momento Zen de sucumbir ao politicamente correcto). São as consequências indesejadas da propriedade recursiva dos incentivos errados que leva os políticos a insultar a inteligência/louvar a estupidez (cortar conforme a preferência) dos eleitores prometendo-lhes quimeras na esperança de os eleitores retribuírem elegendo-os para depois os insultarem por não terem cumprido o prometido.
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