Outros purgatórios a caminho dos infernos.
Já aqui se assinalaram os riscos do colapso da coligação e do governo Syriza-Anel. A estabilidade de uma coligação contra natura de dois partidos dos extremos do arco político já seria difícil em circunstâncias normais, quando se sabe que o Syriza é, só por si, um saco de gatos trotskistas, marxistas, leninistas, comunistas renovadores, etc. com as tradições de fraccionismo endémicas nestes grupúsculos. Em circunstâncias difíceis e perante o fracasso da estratégia negocial intimidatória essa estabilidade afigura-se impossível.
A adicionar aos sinais já conhecidos como a dissidência pública de alguns cabecilhas (exemplo: o eurodeputado Manolis Glezos), manifestações violentas contra o governo e a invenção de inimigos externos (Espanha e Portugal), veio agora a confirmar-se a já suspeitada desautorização do Varoufakis pelas inconfidências de Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo, em entrevista ao Financial Times, citada no Observador, onde revelou, entre outras inconveniências, que a partir de certa altura Varoufakis ficou fora do circuito.
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