Esta semana, a peça de Miguel Sousa Tavares no Expresso tem um nome apropriadíssimo - «A Aldeia da Roupa Suja» - e é dedicada a branquear, uma vez mais, a folha do seu ídolo José Sócrates com elaborada filigrana jurídica e, novidade, a lavar as cuecas do seu compadre Ricardo Salgado. Este segundo exercício é ainda mais repugnante do que o primeiro, porque MST sucumbe a um nepotismo abjecto que, se visto em outras criaturas de quem ele não gostasse, o teriam feito bramir indignações.
Se a segunda parte da peça dedicada a Sócrates é vergonhosa para quem, como MST, dá como acusação provada qualquer insinuação por mais inócua ou ridícula que seja a respeito dos seus inimigos (leia-se o que ele escreveu sobre Relvas e o curso tirado à pressão), na primeira parte dedicada a desculpabilizar as patifarias do compadre, a assacar as culpas pela falência do GES e do BES ao governo e ao BdP, a vilipendiar Ricciardi e Queiroz Pereira, MST só não assassina a verdade porque fica longe demais para lhe infligir lesões. Ao ignorar o notório conflito de interesses, MST desqualifica-se irremediavelmente como jornalista.
É desta que a mulher o deixa.
ResponderEliminarA nódoa só fica mal a quem tem vergonha na cara.
ResponderEliminarAinda ontem na SIC o MST dizia não perceber o que era isso do défice tarifário, nem entendia porque é que a electricidade ia subir dado o petróleo e consumo terem descido. O problema deste país não são só os políticos e as escolhas dos eleitores, é também a brigada de comentadores que em nada esclarecem, e tudo intoxicam.
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