23/12/2014

A atracção fatal entre a banca do regime e o poder (26) – Submerso em corrupção (ACTUALIZAÇÃO)

Agora que o país se pensa rico, depois de décadas a endividar-se, continua com três submarinos. Dois novinhos em folha da Marinha e um terceiro de 1869, na época chamado de «Caza de Cambio», sito na Calçada do Combro, n.º 91, e actualmente chamado BES que imergiu com o PREC e emergiu em meados da década de 80 e desde então navega nos mares do regime.

Estava escrito que os três submarinos se haveriam de encontrar. Primeiro pela mão do governo de Guterres que decidiu encomendar dois, e depois do governo de Barroso que concretizou a adjudicação à Ferrostal com os dedinhos do inefável Portas, à época ministro da Defesa. Nessa altura, os submarinos cruzaram-se várias vezes com os sobreiros da herdade Portucale e Abel Pinheiro, uma espécie de tesoureiro do CDS, foi escutado em conversas com gente do BES, dizendo «nós metemos nas mãos da sua gente mais de 400 milhões de euros nas últimas três semanas».

Dez anos depois, emerge na Suíça a ligação do terceiro submarino aos outros dois, com a decisão de um tribunal entregar os dados bancários de 3 contas cujos titulares são membros do Conselho Superior do BES.

Em aditamento aos 3 parágrafos acima transcritos deste post, fica-se a saber agora, sem surpresa, pelo despacho de arquivamento do inquérito à compra dos submarinos um pouco mais do papel do então ministro da Defesa (Portas exigiu que BES integrasse consórcio que financiou compra dos submarinos), confirma-se o misterioso desaparecimento de vários papéis do processo e continua-se a desconhecer qual foi a sexta pessoa que recebeu «uma outra fatia da comissão paga à Escom por serviços de consultoria prestados ao consórcio alemão».

Já que me citei uma vez, ao arrepio da vulgata dos comentadores, vou reincidir e citar-me outra vez para constatar a confirmação da minha profecia de há 4 anos «o caso dos submarinos vai afundar-se».

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