«Não acham que esta coisa de andarem a assinar manifestos sobre temas económicos com pessoas que vão do Bloco de Esquerda ao CDS-PP apenas dá razão aos seis ou sete liberais genuínos deste país, que há muito garantem que no que à economia portuguesa diz respeito aquilo que contínua a imperar é um pensamento único e uma visão centralista e clientelar do Estado?» («Apelo para não resgatar a PT» de João Miguel Tavares no Público)
Por falar do albergue espanhol que é o grupo de signatários do «Apelo para resgatar a PT», unidos pela visão centralista e clientelar do Estado, não carecem de explicação as assinaturas dos antigos e actuais adeptos da economia estatal e inimigos da economia de mercado, nem mesmo, concedo, as daqueles que Estaline chamaria «idiotas úteis» (mais ou menos metade dos 14 signatários). O caso de Pacheco Pereira será um híbrido destes dois perfis, temperado pela frustração de ainda não ter conseguido ser o guru do poder, depois do ensaio falhado com Cavaco Silva nos anos 80.
Restam os casos de Diogo Freitas do Amaral e António Bagão Félix para os quais, como em tempos admiti, a explicação pode ser o CDS ser um viveiro de socialistas eméritos que ao aproximar-se a terceira idade fazem o coming out. Nessa óptica, estranha-se a falta das assinaturas de Adriano Moreira e de Basílio Horta (talvez tenha substabelecido em Ricardo Bayão Horta).
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