18/10/2014

TIROU-ME AS PALAVRAS DA BOCA: Coisas que outros escreveram sobre Costa, as quais, por isso, já não precisam de ser escritas (6)

Outras coisas: «Para mim Costa não é um mistério», (2), (3), (4) e (5).

«Uma manhã de Primavera deste ano de 2014, fui – com gosto – ao Largo do Intendente de propósito para oferecer a António Costa o livro que fiz com Vítor Gaspar. Meti-me no metro e fui, mas lembro-me do que ouvi: de Vítor Gaspar, com graça; do resto, sem nenhuma. Os argumentos eram os de hoje: a “obsessão” com a divida, a importância descomunal que “se” dava ao défice, os erros “crassos” da política do governo; a obediência servil à Alemanha e a subserviência cega à troika (cito de memória mas quem de imediato não reconhecerá António Costa nestes propósitos se eles não se alteraram um milímetro?).

É verdade: nada, ou quase nada, mudou na atitude político-mental de quem não compreende a economia que se vive nos nossos dias; não alcança a importância crucial da saúde das empresas como motor de verdadeiro crescimento económico; não atende à economia como fonte de criação de riqueza e tem tendência a achar que o mercado é algo de desprezível a que aqui só obedecem os neoliberais que nunca houve.
»

Crise de realidade, Maria João Avillez no Observador

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