Depois de muita matutação, descobri. Trata-se de puro maquiavelismo. Sabe-se que o Dr. António Costa, candidato a candidato a primeiro-ministro, é amigo dos artistas, e os artistas retribuem-lhe com gosto. Recordemos que 600 deles, número que se supõe esgotar o huis clos (fica sempre bem quando se fala da intelectualidade citar o Jean-Paul) da bem-pensância doméstica, assinaram um manifesto modestamente intitulado «A Cultura apoia António Costa».
Sabendo dessa atracção mútua entre Costa e os artistas, intelectuais e ofícios correlativos, o governo ensaia uma estratégia graxista tentando, assim, sapar o núcleo duro (enfim, retoricamente falando) da candidatura - a Cóltura. Não está mal pensado.
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