«Na história de Jardim Gonçalves, a banca portuguesa parece frequentemente reduzida a uma infra-estrutura criada e gerida pela classe política, a fim de apertar o controle da sociedade e da economia. Terá servido para tudo. Até para amamentar financeiramente os partidos, incluindo a extrema-esquerda (p. 501). Posto isto, deveremos espantar-nos da recorrência de erros de gestão e irregularidades de procedimento? O rigor só se aplicava aos que desalinhavam. Um dia, o velho Champalimaud irritou o governo. Resultado: “todos os dias surgiam brigadas do Estado a pedir papéis, actas e balancetes” (p. 307).
Em Portugal, o poder económico é um avatar do poder político. Perante isto, os idiotas úteis da extrema-esquerda cumprem uma função: ao atacarem o “capitalismo” e o “poder da banca”, ajudam a esconder o verdadeiro poder atrás de uma cortina de fumo demagógico. Sim, parece que os banqueiros do regime aprenderam mesmo a falar. Agora só falta que nós aprendamos a ouvi-los.»
Ler aqui o resto do artigo de Rui Ramos sobre a banca de regime, com a lucidez e a frontalidade habituais
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