28/06/2014

Pro memoria (179) – Se houvesse um campeonato de encerramento das escolas seria ganho pelo PS

Entendamo-nos: as escolas do ensino obrigatório devem seguir os alunos e não o contrário; não se planta uma escola esperando que nasçam alunos nas redondezas. Por isso, se temos uma demografia decadente, não devemos estranhar que num lugarejo onde há umas décadas havia umas dezenas de alunos, hoje haja meia dúzia, tornando inevitável fechar uma escola e encaminhar a meia dúzia para outra.

Não se deveria estranhar, mas há quem estranhe como, a título de exemplo, Baptista Bastos, o jornalista a quem devemos a formulação do conceito de jornalismo de causas. BB nesta peça patética verbera com homérica indignação Nuno Crato pelo encerramento de escolas, verberação que poupou ao campeão do encerramento José Sócrates. Além da negação da realidade, é a doutrina Somoza, uma vez mais.

É por isso difícil perceber o coro de protestos quando se fecham escolas e ainda mais difícil perceber quando o volume vocal depende de quem está no governo. Segundo o levantamento de O Insurgente, desde há 20 anos foram encerradas as seguintes escolas:
  • Governo Durão Barroso 472 escolas – média mensal 13,5 
  • Governos Sócrates 3.211 escolas – média mensal 42,8 
  • Governo Passos Coelho 811 escolas – média mensal 22,5.

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