Segundo uma estimativa do antigo presidente da Medicare e da Medicaid, os sistemas americanos de saúde pública para os idosos e os pobres, respectivamente, a fraude na saúde representa entre 82 e 272 mil milhões de dólares - este último valor é equivalente a 10% das despesas de saúde, 1,7% do PIB americano e 125% do PIB português.
As fraudes vão desde facturação de serviços não prestados, benefícios recebidos indevidamente, prescrições de medicamentos para venda, falsificação de receitas, enfim o costume, não muito diferente do que por cá se passa, mas a uma escala astronómica. As oportunidades para o crime são tão apetecíveis e o risco é tão menor que as mafias do crime estão a mudar-se da cocaína para a aspirina, por assim dizer.
Dir-se-á ser falta de regulação. Parece mais ser pouco controlo e excesso de regras burocráticas, como os 140 mil códigos para classificar doenças, lesões, prescrições de medicamentos e tratamentos, entre os quais se encontram dez códigos para lesões sofridas em casas móveis e nove para as resultantes de ataques de tartarugas.
Há um mundo de diferença entre uma empresa americana típica e uma empresa portuguesa típica. As diferenças entre os serviços públicos são mais difíceis de discernir.
(Fonte: Health-care fraud in America - That’s where the money is; The $272 billion swindle)
Sem comentários:
Enviar um comentário