Fui questionado sobre o cenário que considerei no post anterior, classificado por algumas pessoas que o leram como fantasista. Têm toda a razão. Só quis o melhor para o putativo primeiro-ministro António Costa. Não é um best case, é um cenário idílico quase à altura das projecções produzidas na Mouse Square School of Economics pelo departamento keynesiano. E, ainda assim, sabe Deus o que esperaria o ungido.
[Na verdade não foi por amor ao Dr. Costa, nem por já estar contaminado pelo pensamento mágico, que figurei aquele cenário. Foi um exercício de reductio ab absurdo.]
Para considerar um cenário mais realista, veja-se o diagrama seguinte, igualmente do estudo citado, onde se pode perceber que para atingir o défice estrutural de 0,5%, que resulta dos tratados, em 2019 (isto é quando António Costa passar a pasta ao seu alter ego ou a outra qualquer triste criatura que lhe suceda) é indispensável aplicar medidas de consolidação orçamental de 4 mil milhões de euros.
Lá se vai o trilema de Costa.
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