[Mais atracções fatais]
O Expresso, que em relação aos Espíritos tem mostrado uma louvável independência (nalguns jornalistas de causas, como o pastorinho da economia dos amanhãs que cantavam, atinge foros de ódio de estimação), independência muito apreciável se se estendesse a outros domínios, revela-nos as incursões feitas por Ricardo Salgado e os seus lugares-tenentes, já nos estertores da queda, junto da ministra das Finanças e do primeiro-ministro no sentido de a Caixa e o BCP «facilitarem» crédito a um GES, agora revelado em falência técnica.
Ficou-se também a saber-se que, tal como o lacrau de La Fontaine, o BES, o banco do todos os regimes como um dia disse com orgulho Ricardo Salgado, não nega a sua natureza e se prepara para nomear para a presidência do conselho de administração Paulo Mota Pinto, constitucionalista e deputado pelo PSD, próximo de Manuela Ferreira Leite e de Cavaco Silva, aprestando-se assim a passar de armas e bagagens do colo do PS para o colo do PSD.
Nesta altura devemos registar ter Passos Coelho negado a «facilitação» da Caixa para manter o GES a flutuar, contrastando com o que fez José Sócrates ao abrir os lençóis a todos os banqueiros que se prestaram a colaborar na sua obra.
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