A oportunidade será provavelmente a necessidade de uma resposta táctica ao crescimento do Front National, mas como o suporte eleitoral ao populismo nacionalista veio para ficar é bem provável que nos próximos anos o centro e direita franceses adoptem algumas das ideias que Nicolas Sarkozy lançou no final desta campanha para as eleições europeias: suspensão do livre circulação de pessoas (acordos de Schengen), revisão das políticas de emigração, fim da igualdade entre os Estados, redução dos poderes da Comissão Europeia e um directório de facto franco-alemão.
E por falar em directório franco-alemão, registe-se o histerismo do jornalismo de causas doméstico que antecipou o directório a partir da referência por Angela Merkel a uma posição conjunta que naquele contexto só podia obviamente dizer respeito à coligação governamental CDU-SPD.
Ainda que não seja previsível as ideias de Sarkozy na sua meridiana clareza entusiasmarem o governo alemão, vão certamente influenciar a evolução futura da União Europeia e as suas políticas e terão consequências sobretudo nos países da periferia cronicamente sob a ameaça de bancarrota auto-infligida.
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