António José Seguro acusa o governo de «não ter nenhuma ideia para a Europa». Tem toda a razão. Não é o caso dele que tem imensas ideias sobre o que a Europa deve fazer por nós, baseado no princípio da mutualização que consiste em Portugal responder pelos outros membros e os outros membros responderem por nós. Exemplos: as já conhecidas mutualizações da dívida pública e do subsídio de desemprego a que se junta a ideia mais recente - financiamento directo do Estado português pelo BCE.
Dirão os cépticos que seria uma mistificação países com dívidas públicas colossais como Portugal (129%) ou a Grécia (175%) disporem-se a garantir as dívidas de países como a Eslováquia (55%), Estónia (10%), Finlândia (57%), Letónia (38%) ou Luxemburgo (23%), na Zona Euro, ou, fora da Zona Euro, Bulgária (18%), Dinamarca (45%), Noruega (30%), Polónia (57%), República Checa (46%), Roménia (38%), Suécia (41%). Não é mistificação. É mutualização: os que não podem aos que não precisam e os que podem aos que precisam.
Sem comentários:
Enviar um comentário