Esses 15 compromissos para governar um país que, recorde-se, acaba de sair de um programa de resgate com uma dívida pública (líquida) duas vezes a máxima admitida no Tratado europeu, programa negociado e assinado pela mão do seu antecessor líder do PS, dividem-se em quatro grupos:
Compromissos encantatórios sem quaisquer consequências práticas mensuráveis
- 4) lutar contra a fraude e a evasão fiscal
- 5) estabelecer um acordo de concertação estratégica
- 6) apresentar um plano de reindustrialização do país
- 7) criar uma estação oceânica internacional nos Açores
- 8) celebrar um pacto de emprego
- 10) separar o público e o privado no Serviço Nacional de Saúde
- 14) promover a reforma do Estado
- 15) lutar por uma nova agenda para a Europa
- 1) acabar com a TSU dos pensionistas
- 9) não aumentar a carga fiscal
- 2) revogar os cortes no Complemento Solidário de Idosos
- 3) não despedir na função pública
- 11) reduzir para metade a taxa de abandono na escolaridade obrigatória
- 12) recusar o plafonamento das contribuições para a segurança social
- 13) procurar que, no quadro do Tratado Orçamental, o país chegue a um saldo estrutural de 0,5% do PIB.
O facto de este «programa» não ter sido até agora objecto de riso mostra até que ponto este assunto é sério.
Afinal ... os milagres ainda existem!
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