«… bases em que assenta a política económica do País:
- Forte aposta na procura interna como meio de dinamizar a actividade económica, através de uma política muito generosa de expansão das despesas públicas, especialmente as correntes, financiadas por criação de moeda por um banco central muito colaborante, inundando o mercado com bolívares de grande qualidade estética;
- Controlo administrativo dos preços dos bens de consumo corrente e duradouro, para defesa dos mais carenciados, quando necessário nacionalizando as redes de distribuição ou enviando tropas para os mercados a fim de fiscalizarem “in loco” o cumprimento dos controlos de preços;
- Nacionalização de múltiplos sectores económicos, em ordem a assegurar que a produção segue padrões de interesse nacional e patriótico e não necessariamente aquilo que o mercado lhe impõe;
5. Se bem se percebe, esta política corresponde ao que de melhor tem sido sustentado por muitos sectores dos mais esclarecidos em Portugal, nomeadamente os Crescimentistas “HARD”, uma boa parte dos Crescimentistas “SOFT” e mesmo alguns sectores particularmente sensíveis ás chamadas questões sociais e que invariavelmente apelam ao Estado para que acuda (atirando dinheiro, claro) a toda e qq situação de dificuldade dos grupos sociais mais diversos...
6. Esta política tem todas as condições, segundo a cartilha Crescimentista, para assegurar a felicidade do Povo, cobrindo-o de benefícios e de generoso apoio social...só falta mesmo a mutualização de uma parte da dívida pública ou a reestruturação da mesma, para completar o painel...
7. Absolutamente paradoxal, o insucesso desta politica na Venezuela... Será o resultado de uma conjura internacional, de inspiração capitalista ou fascista como se queixa o governo venezuelano?»
Tavares Moreira, um exemplo infelizmente raro de quem passou (episodicamente) pela política mantendo a clarividência e a integridade, «O estranho paradoxo da política económica na Venezuela…», no 4R
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