Sequela de (1)
«As empresas públicas reclassificadas (aquelas que passaram a ter de consolidar as suas contas com o Estado como a RTP ou o Metro de Lisboa) fizeram 88 operações com swaps que acabaram por ser reestruturadas pelo menos 128 vezes. Estes contratos tiveram o seu expoente máximo durante o governo de José Sócrates e eram feitos para cobrir o risco das taxas de juros. Como recebiam milhões no início do contrato ajudavam as contas das empresas públicas no ano em que eram feitos. O crime (receber logo e pagar depois) foi perpetuado na altura, não agora.» (ver aqui)
Sendo assim, porquê a surpresa do relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito concluir pela responsabilidade dos governos de Sócrates nos contratos de swap de natureza especulativa ou de alternativas ao financiamento? Pois não foi no período Março de 2005 a Junho de 2001 que foram assinados praticamente todos esses contratos?
E porque a indignação? Percebe-se que os profissionais da política que têm que branquear as suas entidades empregadoras se mostrem indignados. Faz parte. Mas como compreender que um comentador como Miguel Sousa Tavares, que tanto preza a sua independência, meta no mesmo saco do «bloco central» as responsabilidades dos governos de Sócrates na contratação de swaps? (artigo de opinião «Razões de descrença» no Acção Socialista Expresso de sábado passado)
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