O arranque do Patient Protection and Affordable Care Act está a ser um falhanço estrondoso (ler aqui o ponto de situação da Economist) em resultado de um enorme amadorismo e incompetência cada vez mais difíceis de esconder por detrás das toneladas de conversa de fiada derramadas por Barack Obama em inúmeras entrevistas, comunicações e discursos.
Verdade seja que o volume de conversa fiada está à altura da dimensão da lei Obamacare que com as suas mais de 900 páginas (ver aqui o pantagruélico texto da lei ao qual se acrescentam mais 1.500 páginas de regulamentos) é um bom exemplo da obsessão legiferante do intervencionismo estatal da administração Obama.
Como se fosse pouco, vão surgindo situações em que o próprio desenho da lei está a ser questionado como, entre outros exemplos, a recusa de organizações e empresas de proporcionarem no seguro de saúde uma cobertura completa de contracepção que é obrigatória no Affordable Care Act, abrangendo desde preservativos, diafragmas, pílulas e ainda medicamentos e dispositivos para impedir o embrião de se implantar no útero considerados como modalidades de aborto.
O Supremo Tribunal decidiu na 3.ª feira passada julgar alguns casos sobre a possibilidade das empresas recusarem contratar a cobertura de seguro de contracepção por razões de religião dos seus proprietários.
Independentemente do desfecho, é mais um exemplo da intrusão na vida privada do intervencionismo estatal que pretende financiar com recursos públicos as suas causas.
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