[Mais atracções fatais: pesquisa Google]
Agora que os vícios privados dos banqueiros do regime estão finalmente a tornar-se públicos, aparecem vozes de todos os quadrantes, até recentemente silenciosas, a zurzir nos Espíritos e nos Ricciardi. Já se diz que eles não são a banca do regime, eles são o regime, que a promiscuidade com os governos lhes está no ADN, e muitas outras coisas, que sendo verdades, são verdades tardias para quem tem obrigação de tornar públicos os vícios privados.
No primeiro post desta série, de há quatro anos, citei um exemplo desta promiscuidade imanente dos Espíritos com o poder que é oportuno recordar: Ricardo Espírito Santo que um dia escreveu ao Botas, lamentando a sua ausência numa inauguração, «para mim, foi como um dia de sol em que também chovesse. No andor maravilhoso que eu tinha ideado e realizado faltava o santo», permanece como um paradigma para os seus herdeiros. Herdeiros que ainda hoje se afadigam a saltar para o colo do governo, primeiro do doutor Cavaco, depois do engenheiro Guterres, episodicamente do doutor Barroso e, com manifesto enlevo, para o colo do engenheiro Sócrates. Está-lhes no ADN.
Não me admiraria por esta queda em desgraça os Espíritos de santos sejam transmutados episodicamente em demónios, processo que também está no ADN, desta vez dos portugueses, que no dia 23 de Abril de 1974 eram maioritariamente situacionistas, activos ou conformados, e a partir do dia 24 renasceram democratas, socialistas, comunistas e tutti quanti. O infortúnio dos Espíritos será por isso episódico e também eles renascerão limpos de todos os pecados, em breve.
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