15/10/2013

O ruído do silêncio da gente honrada no PS é ensurdecedor (76) – Vieira da Silva e o poeta Aleixo

Confesso a minha incapacidade de acompanhar ao vivo ou na televisão debates entre políticos, luminárias do regimes ou economistas mediáticos, ou entre qualquer combinação destas criaturas. Assim, só por acaso e durante um zapping me apanham num Prós e Contras, por exemplo. Por coincidência, passei pela edição de ontem desse venerável programa no preciso momento em que Vieira da Silva mentia com quantos dentes tinha na boca sobre os cortes nas pensões que, segundo ele, não estavam no Memorando de Entendimento assinado pelo PS e teriam sido introduzidos mais tarde.

Ao ouvir aquela alarvidade segurei um vómito e passei para o canal seguinte. Lembrei-me de novo hoje ao ler este post de O Insurgente onde se citam os itens do Memorando assinado pelo PS com a redução das pensões.

Escreveu o poeta popular António Aleixo que «a mentira para ter alcance e profundidade, tem que trazer à mistura alguma verdade». Por isso, não sei o que mais lamentar: se a existência de políticos que insultam a inteligência da opinião pública, se uma opinião pública que não se sente insultada por tais políticos que com fundada esperança confiam que as suas mentiras sem mistura sejam tomadas como verdades.

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