06/10/2013

CASE STUDY: Um minotauro espera a PT no labirinto da Oi (11)

[Outras esperas do minotauro: (1), (2), (3), (4), (5), (6), (7), (8), (9) e (10)]

Recapitulando: há quase 3 anos a PT vendeu por 7,5 mil milhões a Vivo, a jóia da coroa, à Telefonica; numa operação intermediada por José Sócrates e acólitos, pelo lado do PS, que usaram a golden share do Estado português para manter a PT no Brasil, e Lula da Silva e acólitos, pelo lado do PT, a PT pagou o dobro do preço pelas acções dos accionistas privados em relação às do BNDES e dos fundos de pensões públicos comprando uma participação de 23% da OI por 3,75 mil milhões; esta participação vale hoje 2,4 mil milhões.

Com a fusão da PT com a Oi a nova sociedade terá sede no Rio de Janeiro e fatalmente a operação portuguesa, um mercado com 5% dos clientes potenciais do Brasil, passará a ser subsidiária. Uma das pequenas consequências é o novo operador brasileiro resultante da fusão passar a ser o proprietário da rede fixa que a Dr.ª Manuela Ferreira Leita, quando ministra das Finanças, obrigou a PT a comprar por 365 milhões, equivalentes a 0,26% do PIB desse ano, para compor o défice de 2002 – onze anos mais tarde, esquecida deste e outros episódios, viria a dizer comentando o défice desse ano «qualquer um de nós é capaz de reduzir a despesa em 1%».

As coisas têm consequências.

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