Desde logo o «Simplex» que, sendo uma iniciativa positiva, é, como quase tudo o que saiu dos governos socráticos, essencialmente fachada. Como disse Medina Carreira numa entrevista ao DN, «o Simplex foi importante, mas o meu amigo faz uma sociedade em 50 minutos e depois espera seis meses para lhe darem uma autorização para pôr um toldo ou para abrir a porta. Não há uma visão global. Este Governo é um Governo de fogachos.» Só para dar um exemplo do que MC quis dizer, leia-se esta experiência kafkiana com a câmara de Lisboa (nem por acaso presidida pelo putativo futuro sucessor de JS), contada por um amigo do (Im)pertinências.
Deve acrescentar-se que o «Simplex» foi obra de empresas de consultoria, serviços de software e outsourcing, tais como Deloitte, Accenture, PwC, Capgemini, IBM, HP, Glintt, Novabase, Reditus et alia, todas com centenas ou muitas centenas de contratos valendo muitos milhões adjudicados directamente (ver Contratos Públicos Online) e não teve consequências na redução da máquina administrativa e na desmobilização dos exércitos de funcionários públicos, ou seja foi essencialmente uma mera adição de despesa pública.
O «ensino de inglês obrigatório a partir do 5º ano», dou de barato, mas não «os 'Magalhães' nas escolas» que foram uma mistificação (na verdade tratava-se do laptop ClassMate da Intel), que custou ao Estado múltiplos do que teria custado a utilização muito mais barata de uma das várias soluções já disponíveis. Ver aqui uma retrospectiva do logro, onde se pode confirmar que até JS, o pai do ‘Magalhães’, negou a paternidade quando a coisa começou a dar para o torto.
A «extensão do ensino obrigatório até ao 12º ano», também dou de barato, ficando por demonstrar os resultados líquidos de compelir alunos sem interesse nem vocação a ficarem até aos 18 anos na escola a obrigarem a rebaixar os padrões para os chumbos não serem ainda mais escandalosos – recorde-se, a propósito, que as taxas de abandono já eram o que eram antes disso.
Quanto à inclusão do Parque Escolar nas obras meritórias de JS, depois de tudo o que hoje se sabe sobre os pantagruélicos desperdícios e as golpadas das adjudicações directas, só pode resultar de um delírio de MST. Veja-se aqui um balanço do desastre.
Quanto ao Rendimento Social de Integração (aliás o Rendimento Mínimo Garantido de Guterres rebaptizado), e do complemento social de reforma, se os incluíssemos como realizações a louvar teríamos que louvar todos os governos anteriores por semearem dinheiro para ganharem eleições, dinheiro que hoje faz parte dos quase 130% da dívida pública.
Quanto à «co-geração de energia eléctrica», uma coisa que vem dos anos 80 e 90, a sua inclusão na obra socrática só pode ser uma consequência da ciência tudológica de MST.
Nem sei o que dizer sobre os contributos socráticos «nas novas tecnologias, nas energias alternativas, na investigação científica», a não ser que terá sido torrado dinheiro nelas sem resultados visíveis.
Mas então não há uma obra de relevo de JS? Há, não uma, mas várias:
- Maior desemprego dos últimos 90 anos;
- Maior dívida pública dos últimos 160 anos;
- Mais baixo crescimento económico dos últimos 90 anos;
- Maior dívida externa dos últimos 120 anos;
- Mais baixa taxa de poupança dos últimos 50 anos;
- Segunda maior taxa de emigração dos últimos 160 anos.
Outros monstros criados por Sócrates:
ResponderEliminar. o NRAU de 2006
. o novo Código Contributivo
MST quando está com os copos dá-lhe para a poesia.
ResponderEliminarMST só está a preparar o seu (dele, claro!) futuro. A ver vamos...
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