30/06/2013

DEIXAR DE DAR GRAXA PARA MUDAR DE VIDA: «Deixem-me então recordar: Portugal faliu» (2)

Miguel Sousa Tavares, há duas semanas e ontem novamente no Expresso e também nos seus comentários tudológicos na SIC, meteu o pau no vespeiro dos professores. As vespas não se fizeram rogadas e picaram de diversas formas, como ele próprio já percebeu.

Ontem mesmo chegou-me um email que por aí anda a circular com «Equador», «Não te deixarei morrer» e «Rio das Flores» em anexos digitalizados e o seguinte texto:


"Os professores são os inúteis mais bem pagos deste país", foi uma das frases proferidas num dos seus comentários semanais na televisão.
Ora esses "inúteis mais bem pagos deste país" já lhe deram alguns milhares de euros a ganhar. Então, resolveram agora e, uma vez mais, fazer uso da sua inutilidade e dar este "presentinho" a todos os que os queiram ler...
Aqui têm os 3 Livros do Miguel Sousa Tavares em PDF. Não comprem... e ofereçam-no aos vossos amigos e conhecidos.
Sejam magnânimos... ofereçam ao maior número possível de pessoas.
Façam circular este e-mail por toda a gente, professores ou não.

Acho pouco provável, MST não ter antecipado as consequências de se meter com um lóbi com 150 mil professores entre activos e reformados, entre os quais muitos milhares serão seus leitores regulares, e, em número infelizmente talvez significativo, arrebanhados e espicaçados pelo grupo comandado pelo controleiro Nogueira. Não deve, pois, ser surpresa para MST a corporação retaliar com tudo ao seu alcance, desde os habituais insultos escritos em mau português (como MST nos informa no Expresso desta semana) até ao ataque aos seus direitos de autor.

Fazendo uma reserva sobre excessos e o óbvio disparate de dizer que "os professores são os inúteis mais bem pagos deste país" e pressupondo que MST sabia o que o esperava, deixo-lhe aqui uma sincera homenagem à sua coragem, contrastando com a cobardia endémica das nossas elites, homenagem tão sincera quanto as bordoadas que lhe tenho oferecido pelos seus frequentes enviesamentos e delírios esquerdizantes (ver aqui uma colectânea das bordoadas entremeada de alguns cumprimentos).

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