20/05/2013

Pro memoria (114) – Portas, o político (mais) fingidor

Talvez por coincidência, na véspera do Expresso publicar uma colectânea de citações de Paulo Portas na sua encarnação de jornalista («a mim basta-me ser jornalista … não tenho a menor intenção de me submeter a votos»), eurocéptico, «liberal», «conservador», «anarquista de direita», entre outras caracterizações que se autoatribuiu, era divulgada uma sondagem da Aximage que o considera o melhor ministro.

Se a sondagem diz muito do que pensa a maioria do eleitorado e ajuda a perceber como foi possível durante 3 décadas ter votado e tolerado sem um protesto (salvo as brigadas comunistas e berloquistas) quase duas dezenas de governos que foram arruinando o país, a colectânea diz imenso sobre Paulo Portas, o político das mil-caras que finge ter princípios e só tem fins. Talvez a melhor caracterização do próprio Portas seja a que ele próprio fez algo injustamente sobre Francisco Lucas Pires e é citada na colectânea. Mutatis mutandis:
«Ex-fascista e neodemocrata, ex-direitista e neossituacionista, ex-conservador e neoprogressista, ex-liberal e neossocial, ex-nacionalista e neoeuropeísta, ex-coimbrão e neobruxelense, ex-federalista e neoantifederalista, ex-CDS, ex-AD, ex-independente e neo-PSD, ex-pirista e pós-cavaquista»

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