22/05/2013

ESTADO DE SÍTIO: Crisis? What crisis? (6)

«A Força Aérea Portuguesa vai utilizar este ano na época de incêndios o C-295M, avião especializado em ações de vigilância e reconhecimento, com tecnologia que permite monitorizar os incêndios.» O C-295M pode transportar 70 passageiros, tem peso bruto de 20 toneladas e 4 tripulantes.

Num país falido, com uma Força Aérea que é mais uma fraqueza terrestre, como é que esta gente vai usar um avião que custa uma grande fortuna (22 milhões de dólares) e uma pequena fortuna para manter no ar, quando por uma fracção evanescente poderia comprar drones de detecção de incêndios florestais ou adaptar os drones da empresa portuguesa Tekever ou, na dúvida, comprava ao maior exportador de drones? Deve ser para dar emprego aos 4 tripulantes e mais umas dúzias de suplentes, mecânicos e administrativos. Ou então será porque tendo já gasto o dinheiro para comprar o C-285, a Força Aérea foi vítima do efeito Lockheed Tristar que se pode descrever em linguagem popular assim: como já desperdiçaste dinheiro, continua a desperdiçar para justificar o desperdiçado.

2 comentários:

  1. ah, os drones são pequenitos... têm poucas comichões.

    neves

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  2. Estes aviões foram adquiridos para substituição dos antigos CASA 212, que além do transporte de material da força aérea e apoio aos paraquedistas estão também enquadrados no âmbito da vigilância marítima e pescas. Num país onde a porcaria é muita, até temos tidos umas compras militares bastante ajustadas face às nossas competências nacionais e internacionais. As forças armadas sempre tiveram envolvidas no combate aos incêndios, tanto no apoio logístico dos bombeiros e populações como na abertura de corta-fogos, rescaldos e até combate. Chegaram a ser milhares empenhados, em missões que até envolviam unidades especiais que combinavam o seu treino com a patrulha na floresta. Está tudo documentado, e, se não estou em erro era e é denominado Plano Lira, é procurar.

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