As coisas que me amofinam – As teorias da conspiração
O senhor Kim Jong-un é uma ternura.
Na sua mirabolante imaginação já deve ter rebentado com o resto do mundo à pala de meia dúzia de bombas nucleares atiradas a esmo (não se pode confiar em demasia nas pontarias dos mísseis que aquele senhor mandou construir) para cima de tudo que mexa ou esteja parado, para baixo e para além de um paralelo qualquer identificado por um número que não me vem à memória nem virá porque não tem grande importância.
O capítulo seguinte da história é chegarmos à tão fácil quanto evidente conclusão de que o personagem em causa é um tonto, esquecendo-nos nós de que não é impossível que, afinal, os tolinhos sejamos todos nós e não o querido líder.
Há muito que sei que os impérios começam com pancadaria e acabam do mesmo modo. É axiomático. Até podemos pôr de lado o conjunto de axiomas que tratam desta ciência (nascimento e morte de impérios variegados) e segundo métodos absolutamente empiristas procurar que nos seja então apresentada uma única excepção. Não há excepção a tal regra.
Sabemos também, apesar do geral desacordo a respeito de tal constatação, que o Império Ocidental está na sua fase de declínio irreversível e portanto é de estimar que cedo ou tarde, mais cedo de que tarde, entrará na fase da pancadaria que consubstanciará o seu aniquilamento. Eventualmente esta circunstância poderá aniquilar na passagem, como acontece com os peões no xadrez, o resto da humanidade o que é, para a lógica dos impérios, uma trivialidade.
É aqui, se me permitem a ousadia, que devemos considerar dois fenómenos imensamente interessantes: os idiotas úteis e a sua universal importância e as teorias da conspiração.
Aquilo que será ou pretenderá ser o império Asiático está por estas alturas na sua fase pós choco, isto é, já saiu do ovo e começa a dar os seus primeiros passos. Pelo axioma de Lorentz o que apercebeu, quando abriu os olhos, é que as guerras directas de formação dos Impérios, foi chão que deu uvas e tornar-se-á indispensável seguir outras e diferentes metodologias em virtude de um efeito do axioma do lugar do outro pelo qual os estupores das bombas nucleares são tão más para quem as manda como para quem as recebe. Por outro lado o axioma de Barca compele o candidato, inexoravelmente, à guerra. Novamente o axioma do lugar do outro dá a solução que é a do idiota útil, e dai a teoria da conspiração.
Na verdade, apesar de toda a evidência noticiosa em sentido contrário o ternurento do senhor Kim Jong-Un está a fazer aquilo que o senhor Xi Jimping lhe disse para fazer, simplesmente para testar a disposição e o ânimo do senhor Barack.
Até um dia…
Não será necessário : os "States" atiraram a toalha ( resta saber quem foi da ideia...) em Nov.2008.
ResponderEliminarA implosão, inexorável, já está em curso - nem do "quintal" das traseiras conseguem cuidar, qualquer "maduro" os toureia e os cartéis de Sinaloa sentem-se tão à vontade que pôem a cabeça da Governadora do Arizona a prémio.