É costume dizer-se fulano é uma carta aberta significando não ter a a criatura em causa nada a esconder. Na política, e especialmente no PS, uma carta aberta significa que o militante ou o dirigente em causa tem tudo a esconder.
O exemplo mais recente foi o do secretário-geral António José Seguro, divulgando uma carta à troika já conhecida de Portugal inteiro ainda sem ter sido colocada no correio. Aliás já cognominei AJS de «O Epistológrafo» pelas suas inúmeras cartas desde a sua elevação a líder.
O seu exemplo frutificou e agora chegou a vez de um grupo de socialistas eméritos onde parece proliferar a tralha socrática, preocupados com a «crescente falta de confiança dos cidadãos nos partidos» (palavras da jornalista de causas do Expresso que está a transmitir o recado), dirigir uma carta aberta ao líder, reeleito há dias, propondo várias medidas à cabeça das quais encontramos a realização de «eleições primárias abertas a simpatizantes na eleição para secretário-geral do PS». É mais um exemplo de carta aberta onde se tem tudo a esconder, mas à vista de todos.
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