Tal como a democracia produz frequentemente escolhas que se vêm a revelar a posteriori desastrosas – por vezes até a priori se pode antecipar o desastre – também os mercados, que são uma espécie de democracia das escolhas económicas, produzem igualmente desastres.
Há quem não aceite nem a democracia política nem a democracia económica, como os comunistas confessos – hoje uma espécie, se não em extinção, pelo menos clandestina.
E há quem aceite a democracia política e, veladamente, se oponha à democracia económica com os mais variados argumentos. Veladamente porque em geral só durante as crises é que as críticas mais ferozes emergem à luz do dia, ou melhor sob o foco mediático. É a economia de casino, é a ditadura da economia ou dos mercados, é o ultra ou neoliberalismo, é simplesmente o capitalismo, que segundo estes detractores está na origem das misérias que ciclicamente nos afligem.
(Continua, espero)
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