08/02/2013

ARTIGO DEFUNTO: O TGV que era um comboio recoveiro

Um exemplo recente do paradigma do jornalismo de causas (ou talvez meramente incompetente) é o caso do financiamento do TGV que afinal era apenas «a construção de uma linha de caminho-de-ferro (Sines-Caia e não Lisboa-Madrid) em bitola europeia, ou seja, com a mesma largura das linhas da maioria dos países da Europa», a custar uma fracção do TGV e ter um a retorno múltiplo para a exportação de mercadorias.

A bolha de histeria que se desenvolveu, aqui sintetizada no Blasfémias, mostra bem o misto de alucinação, incompetência e manipulação que satura o mundo político-mediático deste país.

Para uma retrospectiva da novela do TGV prima a etiqueta «TGV» e leia em particular este texto de Mira Amaral sobre o TGV do Álvaro que é afinal a linha ibérica para mercadorias. E, já agora, recorde-se que quando falamos de TGV falamos de 15 mil milhões de euros e quando falamos de linha ibérica para mercadorias falamos de mil milhões (são 700 milhões mas já estou a incluir uma derrapagem de 50%), isto é 15-vezes-15 menos.

Não sei o que mais admirar, se a incompetência e/ou falta de escrúpulos do jornalismo de causas e dos cabeças-falantes dos partidos, se a ignorância e preconceito do povo ressabiado, sempre pronto a engolir qualquer patranha que confirme as crenças injectadas nas suas meninges pelos mídia enviesados.

1 comentário:

  1. Pois... este é outro post que terei de copiar para aqui:

    http://jornalismoassim.blogspot.pt/

    Jornalismo militante: a formatar a mentalidade do cidadão “tuga" desde 1974.

    Cumprimentos!

    ResponderEliminar