Continua a ser impressionante a forma e a extensão como os comunistas condicionaram e condicionam o pensamento e a expressão política em Portugal. Que outro partido poderia defender e justificar durante décadas, sem protestos dos comentadores de esquerda e direita e com a passividade da opinião pública, os regimes políticos mais abjectos da história, responsáveis por mais vítimas do que todos os nazismos e fascismos, como desde sempre os sistemas soviéticos da URSS e as «democracia populares» dos países da Cortina de Ferro, as ditaduras de inspiração maoísta da China, do Vietname, do Cambodja, do Laos, da Coreia do Norte (*), e ainda Cuba, entre outros? Nenhum.
Por isso, nenhum outro partido poderia pela voz de um dos seus destacados dirigentes e controleiro da CGTP referir-se numa manifestação de professores a um etíope «rei mago escurinho». Mesmo sendo o representante do FMI para Portugal na troika. Embora, reconheça-se, para muita gente a demonização do FMI é suficiente para fazer orelhas moucas a uma boca que vinda de outras paragens e dirigida a outra pessoa da lista das personalidades toleradas pela esquerdalhada criaria vagas de indignação histérica.
Como seria de esperar numa imprensa ocupada por jornalistas ao serviço de causas (os que não servem causas metem o rabinho entre as pernas quando se trata de certas causas), com excepção do Correio da Manhã, os outros jornais publicaram apenas as desculpas de mau pagador de Arménio Carlos, mas não a notícia original.
(*) Nem de propósito, ficou-se a saber que na Coreia do Norte, aquele país que o líder parlamentar do PCP diz não estar certo de que não seja uma democracia, morreram 10 mil pessoas de fome o ano passado e um pai foi executado por ter comido os seus dois filhos durante essa vaga de fome.
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