Depois de vários boletins médicos divulgados nos jornais a contar estórias (internado por «indisposição»), finalmente o Expresso informa-nos que Mário Soares teria tido uma encefalite, deu entrada no hospital e foi internado numa unidade de cuidados intensivos, apresentando «um estado confusional». Faço votos para que o cidadão idoso Mário Soares recupere a sua saúde e acrescento, sem ironia, que este diagnóstico estaria ao alcance de qualquer leigo depois de ouvir as suas intervenções dos últimos meses.
Distraidamente o Expresso informa-nos ainda que na véspera da hospitalização Mário Soares queria chamar «alguns dos seus colaboradores, pois precisava de rever a entrevista que concedera ao Expresso na edição da semana passada – e que acabaria por não ser publicada … por “razões atendíveis”». Terei lido bem? O Expresso concede aos seus entrevistados a oportunidade de «rever» as entrevistas? E se não forem revistas não as publica por «razões atendíveis»?
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