Já se percebeu que António Costa se estava a movimentar na penumbra e a colocar o palito no bolo para avaliar as hipóteses da sua putativa candidatura a líder do PS. Os anúncios da Câmara de Lisboa a evidenciar a sua faceta de combatente das dívidas não são inocentes porque o homem anda por aí há muito tempo.
Faltava saber se as suas ideias políticas se distinguiam das do actual líder e, sobretudo, das de José Sócrates, o grande responsável por chegarmos aonde agora nos encontramos. A resposta dada no congresso do PS-Açores é não se distingue e oferece-nos como solução para doença a mesma receita que nos pôs doentes: «estimular o consumo».
Por essa, e por outras, terei de dar razão a Alberto Gonçalves que ontem escreveu no DN: «O Dr. Costa não tem vergonha nenhuma e, se o pernicioso regresso aos mercados não lhe trocar as sondagens, pondera apresentar-se às massas enquanto o orgulhoso representante dos desvarios que condenaram as massas a apertos sem fim à vista. Se nada garante que tamanha extravagância vá longe, a sua mera plausibilidade é suficiente para recear a falta de memória e de juízo do bom povo.»
António Costa foi um dos grandes defensores do TGV até ao fim. É uma pessoa irresponsável, um troca-tintas. A nossa única salvação contra gente desta é a vigilância do défice pela UE.
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