23/01/2013

CASE STUDY: António Champalimaud revolve-se na tumba (5)

[Outras revoltas na tumba: (1), (2), (3) e (4)]

A reforçar todas as dúvidas anteriores (ver outras revoltas na tumba) sobre o que anda a ser feito com o legado do de cujus, fica-se a saber que a presidente Leonor Beleza anunciou andar à procura de apoios financeiros e de mais doações explicando em linguagem cifrada: «vamos fazê-lo, não porque temos dificuldades agora, mas porque queremos fazer mais». Traduzido em português corrente com a preciosa ajuda das contas, isso significa que, como previ nas anteriores revoltas na tumba, começa a ser incontornável o esgotamento a prazo do combustível para manter o faraónico mausoléu à beira rio.

De facto, uma consulta rápida ao último relatório anual de 2011, que no esplendor das suas 139 páginas dedica 3 à «gestão do património financeiro», retira quaisquer dúvidas.

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O balanço e a demonstração de resultados de 2011 mostram que nesse ano e no anterior foram torrados quase 16 milhões de euros do património líquido e do legado de 500 milhões já só restavam 358 milhões no final de 2011, assumindo a premissa bastante especulativa que os activos valem o seu valor contabilístico.

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