De cada vez que se vislumbram indícios reais ou imaginários de aumento dos suicídios a brigada do politicamente correcto, ou do marxismo cultural, corre excitada a encontrar ligações entre esse aumento e uma crise, a pobreza, o desemprego, a suposta prepotência patronal, o aquecimento global, ou qualquer outro fenómeno constante da sua agenda.
Nos últimos 5 anos foi desenvolvido na Amadora um projecto de prevenção de suicídios financiado pela Comissão Europeia (who else?). Em resultado deste projecto, alegam os especialistas que nele participaram, as tentativas de suicídio na Amadora reduziram-se em mais de 20% em contraste com o Almada, o concelho de controlo, que aumentou no mesmo período 10%. Redução, acrescento, verificada em pleno agudizar daquelas coisas todas que segundo a tribo aumentam o suicídio. Sublinhe-se que o suicídio não só não aumentou como se reduziu. Ou dito de outra maneira, da crise, etc. resultou um aumento de 10% e da falta de programa resultou um aumento de 30%.
Segundo o método dedutivo do politicamente correcto, desta constatação deveríamos então concluir que a ausência de programa de prevenção de suicídios contribui mais para o aumento dos suicídios do que a crise, a pobreza, o desemprego, etc.
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