Jerónimo de Sousa, de quem se esperaria ser um sujeito sensato com os pés na terra, parece ser levado, uma vez ou outra, pela doutrina mal assimilada a ter delírios megalómanos. Foi agora o caso
ao propor limitar os juros da dívida pública a 2,5% das exportações.
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Trilema de Žižek |
A argumentação é irresistível. Segundo o líder comunista, a despesa com os juros da dívida pública será de 7,2 mil milhões de euros ou 4,3% do PIB, ou seja «
quase o dobro do valor de todas as prestações sociais e o equivalente ao previsto para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), mais do dobro do que os gastos com a educação», pelo que negociação com os credores «
é crucial, é incontornável».
Vamos esquecer as contas erradas (por exemplo a educação pesa o praticamente o mesmo do que os juros e não metade), questionemos apenas o que se passa nas meninges do líder comunista que acha
incontornável o preço do dinheiro emprestado pelos nossos credores dever basear-se nas nossas exportações ou nas nossas pensões e subsídios de desemprego ou em quaisquer despesas que fazemos financiadas com o dinheiro que eles nos emprestam.
Jerónimo de Sousa chega ao banco e diz "Chamem o gerente". O gerente senta-se numa sala de reuniões com Jerónimo de Sousa, e este começa: "Caro senhor, vim ao seu banco por 2 motivos. O primeiro é para avisar que não vou pagar o empréstimo que me fizeram. O segundo é para pedir mais dinheiro emprestado".
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