24/10/2012

Lost in translation (159) – O corte da despesa segundo o professor Louçã é um aumento dos impostos e uma petição aos credores

As medidas alternativas à proposta de orçamento concebidas pelo professor Louçã dividem-se em dois grupos: 1) as que dependem o Estado português e 2) as que dependem dos credores.

1) Medidas que dependem o Estado português
  • imposto sobre as grandes fortunas (1000 milhões de euros)
  • novo regime de IMI (100 milhões)
  • novo regime de IRS (400 milhões)
  • introdução de escalões no IRC (915 milhões)
  • tributação de movimentos financeiros (1150 milhões) (*)
  • imposto sobre heranças (85 milhões)
  • fim do aumento do IVA na restauração e contributo dos fundos das seguradoras (200 milhões)
2) Medidas que dependem dos credores
  • Renegociação os juros da dívida até 0,75%
  • não pagamento de 35 mil milhões dos juros do financiamento europeu aos bancos
  • negociação com os investidores privados para um swap da dívida por OT a 30 anos.
As primeiras medidas são como as do primo do professor Louçã. As segundas são como as que o dr. António José Seguro ainda não teve a lata de defender.

(*) Actualização:

Segundo o estudo de impacto da CE sobre um «sistema comum de taxa sobre as transacções financeiras», a introdução desta taxa teria os seguintes efeitos:
  • a TTF diminuiria a liquidez dos mercados e aumentaria os custos de capital;
  • provavelmente aumentaria a volatilidade no mercado;
  • provocaria uma queda no PIB de cerca de 1,76%;
  • a perda de receita de outros impostos equivaleria a cerca de 0,8% a 0,9%
(Resumo de O Insurgente)

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