Anjos caídos recentemente: (1), (2), (3), (4), (5), (6) e (7).
Rajat K. Gupta é um dos líderes empresariais mais admirados dos EU. Foi até 2003 managing director da McKinsey, a quinta-essência da consultoria de gestão mundial, e depois disso foi presidente ou consultor estratégico de vários grupos que são la crème de la crème, tais como Goldman Sachs, Procter and Gamble e American Airlines, e de organizações não-lucrativas como a Fundação Gates, o Global Fund e Câmara Internacional de Comércio.
Em Junho foi julgado culpado pelo tribunal por «inside trading» relacionado com uma fraude com títulos perpetrada pelo Galleon Group. Foi ontem condenado a 2 anos de prisão pelo juiz Jed S. Rakoff, que considerou Gupta um «bom homem» acrescentando que «a história deste país e a história do mundo estão cheias de exemplos de bons homens que fizeram coisas más».
E assim se confirma, uma vez mais, que a pátria do capitalismo é o inferno dos capitalistas. Citando-me, o que segundo o cânone parece mal, é para mim mais um mistério como a justiça americana consegue investigar, provar, julgar e condenar os crimes de colarinho branco sem deixar prescrever, sem o enriquecimento sem causa, sem a doutora Maria José Morgado, sem o Conselheiro Fernando José Matos Pinto Monteiro (ou outro qualquer), e sem todas as inúmeras luminárias que não conseguem provar nada e quando provam já o crime está prescrito.
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