Quanto mais detalhes da licenciatura de Miguel Relvas se conhecem mais se percebe o estado terminal de decomposição da classe política, onde pululam graus académicos tipo «novas oportunidades», de universidades onde predomina o facilitismo e dos mídia frequentemente envolvidos em causas equívocas.
Num país decente um político decente não ficaria obcecado por um diploma e, se ficasse, dificilmente encontraria uma universidade decente que se dispusesse a facilitar-lhe um. E se encontrasse uma universidade sem decência que lhe oferecesse, demitir-se-ia logo que a oferta fosse do conhecimento público.
Num país decente, jornalistas decentes não se colocariam ao serviço de causas, sobretudo causas equívocas e, colocando-se, não encontrariam mídia decentes que lhes dessem guarida. Estou a exagerar? Não me parece. Compare-se a celeridade, o grau de escarafunchamento e o destaque (por exemplo 1.ª página do Expresso de hoje) deste caso com o caso de polícia da licenciatura de Sócrates.
Aditamento:
A decência do Expresso não se reforça com comunicados como este, onde implicitamente parece reconhecer que nem todas as suas especulações são suportados pelos factos, face à ficha de aluno de Miguel Relvas, e para branquear tais especulações felicita-se por ter sido a sua publicação que levou Relvas e a Lusófona a divulgar a ficha.
Relvas e a Lusófona saem pessimamente na fotografia, mas o Expresso não sai muito melhor.
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