17/05/2012

¿Por qué no te callas? (8) – o tamanho interessa? Sim, mas quanto mais pequeno maior melhor (II)

aqui e aqui comentei a recente contribuição para a teoria económica do professor Cavaco Silva com o seu paradigma da reduzida dimensão das empresas portuguesas ser uma vantagem competitiva na internacionalização.

Infelizmente, ao que parece, pouca gente atribuiu importância àquela contribuição de Cavaco Silva e, pior do que isso, certas revistas de referência e até estudos académicos esforçaram por pôr em causa o paradigma.

A Economist, nas semanas seguintes ao prof ter debitado o seu paradigma numa jornada do Roteiro para a Juventude, voltou a tratar o tema no artigo «Decline and small» de onde extraí o seguinte diagrama que fala por si.

Fonte: Economist
O mesmo artigo «Decline and small» cita também o estudo «The Incredible Shrinking Portuguese Firm» de Serguey Braguinsky, Lee G. Branstetter, Andre Regateiro onde se fundamentam duas conclusões relevantes para explicar as nossas desgraças, em rota de colisão com o paradigma, a primeira, e a segunda com o estatuto auto-atribuído de «provedor das angústias e das aspirações dos portugueses»:
  • «Portugal's shrinking firms are linked to the country's anemic growth and low productivity»;
  • «Portugal's labor market institutions could prevent more productive firms from reaching their optimal size, thereby constraining GDP per capita.»
Em conclusão, lá se foi pelo cano o paradigma e com ele a reputação do prof, sempre tão exaltada pelo próprio, a não ser que nos venha twittar ou facebookar que o paradigma for proferido com o chapéu de político e não de economista. Neste caso ficaria irremediavelmente abalado o outro dogma acarinhado há décadas: o de que não é um político.

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