01/05/2012

DIÁRIO DE BORDO: «Arre, que o Portugal que se vê é só isto!» (2)

A propósito da Casa Fernando Pessoa e do seu desinteresse pelo trabalho biográfico de José Paulo Cavalcanti Filho, o leitor JPR enviou a seguinte mensagem, chamando a atenção para um outro caso ainda mais desesperado de desperdício de recursos.
Você acha que não fazem nada? Até concordo consigo, mas de repente lembrei-me do Instituto Camões, e de uma dirigente do mesmo que encontrei num jantar, e que me confessou que tinha um orçamento de quarenta e tal milhões de euros quase todos gastos a pagar despesas de pessoal. Peanuts, claro... Visitar o site deles é um tratado, e até se aprende entre muitas coisas que em 2010 (vide Balanço Social) "cada assistente técnico faltou em média 39,5 dias, cada técnico superior faltou em média 24,47 dias, cada docente do ensino básico e secundário faltou em média 8,18 dias e que cada dirigente intermédio faltou em média 3,87 dias" (pag. 28). Nada mau para o que dizem ser o organismo do Estado com melhor média salarial.
[Obrigado por reconhecer que somos livres pensadores e não temos uma agenda – temos a nossa agenda, que consiste em não ter agendas alheias.]

1 comentário:

  1. Desculpe, mas eu acho que a Casa Fernando Pessoa deu demasiado interesse ao trabalho biográfico de José Paulo Cavalcanti Filho, que é uma agressão ao criativo fantástico, que foi Fernando Pessoa.
    Além de que Cavalcanti não perde uma oportunidade para pôr em cheque, não só a vida "sem imaginação" de FP, como o seu país na actualidade, chamando a Portugal "apequenado".

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