Eram de esperar as reacções em coro do PS («flagelar» diz Zorrinho), BE, PCP e sucursal CGTP, ao discurso da responsabilidade, da exigência e da falta de auto complacência de Passos Coelho.
Na melhor e pouco provável hipótese são pura hipocrisia, o que, se assim fosse, demonstraria alguma inteligência e muito cinismo. E revelaria também um profundo desprezo pelos portugueses, implicitamente considerados em estado de imaturidade e incapazes de assumir as suas responsabilidades e enfrentar a dura realidade que contribuíram para criar.
Na pior e mais provável hipótese, são vagidos sinceros de elites políticas medíocres e graxistas que seguem e incentivam o culto da auto complacência e da falta de excelência, infelizmente dominante nos portugueses e carinhosamente promovido por essas fracas elites.
Em qualquer dos casos estamos conversados. Podemos dar razão ao presidente do parlamento europeu quando prevê o nosso declínio, destino inelutável num país em que partidos que representam metade do eleitorado insultam sem rebuço a sua inteligência ou se insultam a si próprios.
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