[Continuação de (1)]
Como uma estrela pop, o ex-economista, actualmente blogger activist, Paul Krugman disse banalidades com pouca relação com os problemas concretos que nos afligem e foi escutado com devoção provinciana pelas luminárias domésticas que aplaudiram embevecidas as declarações panfletárias e contraditórias do seu guru. O pináculo de manteiguismo talvez tenha sido atingido por Braga de Macedo com um «we need you in the front line, not just in the New York Times!».
«Não apertem mais o cinto. Isso é válido para todo o Sul da Europa», mas «o caminho de Portugal é longo e doloroso». «Portugal tem de descer os salários em relação ao core da zona euro». Quanto? Parece que 20 ou 30%. Mas isso equivaleria a aumentar os salários portugueses face aos salários alemães que em paridade do poder de compra são 50% mais elevados. Não houve uma luminária doméstica que o confrontasse com estes disparates. Em vez disso babaram-se de êxtase.
«Sem moeda própria não há muito espaço de manobra neste país». Nesse caso, porque não sair já em vez de continuar no caminho longo e doloroso?
De tudo o que disse, retenho a única afirmação a que não tenho reservas: «ficámos (os economistas) mais estúpidos». Sem dúvida e ainda continuamos porque se continua a garantir que «ninguém poderia ter previsto uma crise financeira em 2008». I beg your pardon. Como assim? Pois se houve vários alguéns que a previram.
[Outros posts do (Im)pertinências sobre o guru]
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