Já é preocupante o principal partido da oposição, pela boca de um deputado, revelar não perceber que os 2 mil milhões de euros a que chama «excedente», não são excedência, são insuficiência. São 1/3 dos fundos de pensões transferidos da banca para a segurança social com os quais o governo deveria financiar na totalidade o fundo de estabilização financeira da segurança social para cobrir as responsabilidades futuras por essas pensões. Em vez disso, o governo vai usar esse montante para pagar dívidas das empresas públicas à banca atirando para os futuros contribuintes o ónus de pagar essas pensões. Sendo um mau passo, sempre é menos mau do que provavelmente um governo socialista faria: torrar a totalidade dos 6 mil milhões transferidos para pagar despesas correntes.
Ainda mais preocupante, é o líder desse partido defender a aplicação de sanções aos países da U.E. com superavits nas contas públicas se não usarem esses «excedentes», como lhes chamou. Dito de outra maneira, seriam multados os países que não tivessem défices que seria o que teriam se colocassem «esse dinheiro para dinamizar o consumo interno e, por essa via, ajudarem a estimular o sector exportador de países como Portugal».
Percebem agora porque Angela Merkel não vai na conversa de emitir eurobonds ou deixar a impressora do BCE funcionar em roda livre para financiar os delírios socialistas na primeira oportunidade?
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