Um dos chocados com o óbvio ululante da sugestão de Passos Coelho aos professores (reconvertam-se ou emigrem) foi o apparatchik Mário Nogueira, líder da FENPROF, professor há 20 anos sem dar uma aula e avaliado como docente com Bom.
Com a eficácia habitual, a máquina dos protestos pôs-se em movimento e criou ex nihilo um Grupo de Protesto dos Professores Contratados e Desempregados para se manifestar à porta da residência oficial do primeiro-ministro e desafiá-lo a emigrar.
Passos Coelho não precisará emigrar até ao final do mandato e, quando e se for preciso, o seu padrinho Ângelo Correia terá uma oportunidade para lhe oferecer. Quem não tem oportunidades são as dezenas de milhares de professores que não sabem fazer nada que alguém precise seja feito - deveriam aproveitar uma boa sugestão.
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