Secção Tiros nos pés
Sob pressão do palavreado da oposição sobre excedentes e folgas e da lengalenga das equidades de Belém, cumprimentar-se pelo défice previsto ficar em 4,5%, abaixo do negociado com a troika, depois de ter falado em «desvio colossal» para justificar cortes adicionais, deveria ser a última coisa a fazer por Passos Coelho.
Por duas razões: primeira, para a iliteracia financeira da maioria dos portugueses e até dos jornalistas, com causas ou simplesmente ignorantes, veio aparentemente dar razão aos defensores das folgas; segunda, o défice não fica abaixo dos 4,5%, fica acima dos 8% porque os 6 mil milhões dos fundos de pensões dos bancários vêm acrescer às responsabilidades futuras da Segurança Social, e por isso se trata de chuto para a frente a incrementar os défices futuros.
Leva 3 chateaubriands por não ter ficado calado ou, em alternativa, explicar que se trata apenas de engenharia orçamental da escola socrática e, mesmo não tendo outra saída, não se deveria orgulhar dela.
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