Segundo alguns jornais alemães, o governo alemão, depois de ter experimentado o veneno da não conseguir colocar mais do que 40% da última emissão de obrigações, estará em conversações com o governo francês para apresentarem um projecto de alteração do pacto de estabilidade transformando-o em acordos bilaterais. No final, teríamos 3 grupos de países: os do núcleo duro do Euro (Alemanha, França, Holanda, Áustria, Finlândia, talvez Itália e algum outro país), os restantes dos 17 da Zona Euro e os 10 países fora da Zona Euro.
Será (ou seria?) uma Europa já não a duas velocidades, como quando surgiram os primeiros revezes com a aprovação do Tratado de Lisboa, mas a 3 velocidades.
Pessoalmente prefiro uma Europa a 27 velocidades, resumida ao mercado comum ampliado com a liberdade de prestação de serviços e sem a PAC, ao acordo de Schengen, e pouco mais. As fantasias da «construção europeia», com ou sem moeda comum, impingida aos cidadãos pelos sacerdotes da religião europeia são perigosamente irrealizáveis ou irrealizavelmente perigosas, como demonstra a ameaça de colapso à primeira crise. Podemos optar pelo desmantelamento negociado e faseado, minimizando os danos, ou esperar pelo colapso estrondoso.
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