20/11/2011

Deviam respeitar um período de nojo (7)

Silva Pereira, o lugar-tenente de José Sócrates, não se cala no seu afã de branquear o governo a que pertenceu. Não se cala e combinando o mais completo desaforo com uma grande ignorância repete as mesmas coisas: «a natureza sistémica da crise implica pôr de lado a versão simplista de que esta crise teria sido causada pela irresponsável indisciplina orçamental dos chamados países periféricos (conceito, aliás, em permanente evolução...) como se o comportamento das agências de ‘rating' não fosse anómalo...»

Como se a natureza sistémica da crise justificasse retroactivamente o endividamento pantagruélico de Portugal e o comportamento anómalo das agências de rating tivesse atingido os países com as finanças e a economia sólidos.

Percebe-se a sua preocupação pelo branqueamento do maior desemprego dos últimos 90 anos, da maior dívida pública dos últimos 160 anos, do mais baixo crescimento económico dos últimos 90 anos, da maior dívida externa dos últimos 120 anos, da mais baixa taxa de poupança dos últimos 50 anos e da segunda maior taxa de emigração dos últimos 160 anos. Não se percebe que ele não perceba ter de esperar alguns anos para a sua lengalenga entrar noutras meninges além das ressabiadas hostes do socratismo.

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