Pelo menos nos rankings das encrencas económico-financeiras estamos geralmente bem colocados. Como mostra o quadro ao lado da Economist, a sustentabilidade da dívida está muito comprometida pelo facto do crescimento anémico não permitir suportar o seu custo. Um outro aspecto não evidenciado pelo quadro, resulta do peso record da dívida total pública e privada bruta ao exterior – quase 2,5 vezes o PIB, do qual resulta um aumento dos custos da dívida de 2,5% por cada ponto percentual de aumento da taxa média de juro.
É por isso que o desenlace inexorável, goste-se dele ou não, é a reestruturação da dívida: uma combinação de reescalonamento e redução dos juros e, muito provavelmente, um haircut. É por isso que os yields para as OT de 2 e 5 anos se situam nos últimos dias nos 12-13% pressupondo um haircut pesado.
Como aqui já clarifiquei, não preconizo a reestruturação da dívida, simplesmente prevejo a sua inevitabilidade.
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