Já aqui se tinha comentado o acontecimento extraordinário da demissão do chefe dos espiões Jorge Silva Carvalho em plena cimeira da Nato e a sua contratação pela Ongoing onde foi trabalhar ao lado de Soares Carneiro, ex-administrador da PT. O mesmo Soares Carneiro que decidiu sozinho aplicar o dinheiro das pensões da PT em fundos geridos pela Ongoing, e também ao lado de José Dirceu, gestor do Mensalão e cabeça-de-turco de Lula da Silva, e da sua namorada (dele Dirceu).
Talvez por coincidência, o jornal Expresso do grupo Impresa de Balsemão, em guerra surda com a Ongoing também accionista da Impresa, divulgou ter Silva Carvalho transmitido à Ongoing informação confidencial, ainda antes de pedir a demissão de chefe dos espiões.
Vão-se conhecendo mais pormenores e sabe-se agora que a transmissão dessas informações à Ongoing foi autorizada, nos termos da lei, pelo chefe do chefe dos espiões: José Sócrates.
Entretanto, o advogado de Silva Carvalho, por acaso Nuno Morais Sarmento, ministro do governo de Durão Barroso onde foi responsável pela RTP, em cuja putativa privatização está por acaso interessada a Ongoing, apresenta queixa-crime contra desconhecidos (a designação que deu aos hackers que podem ter actuado por conta do Dr. Balsemão) por violação da conta pessoal de email do chefe dos espiões. Ontem Morais Sarmento comparou na televisão este caso com o do jornal NOW, agora encerrado, elevando assim o Dr. Balsemão às alturas de Rupert Murdoch. É bom para o ego lusitano amachucado pela Moody's, pela Sr.ª Merkel e até pelo jornal Der Spiegel que nos convida a vermo-nos ao espelho e nos lembra termos prantado no Cabo da Roca uma tabuleta premonitória: «O fim da Europa».
Como diria a namorada de José Dirceu, consultora da Ongoing no Brasil: tá tudo legau.
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