Margarida Gil, realizadora de 4 filmes subsidiados nos seus 60 anos de idade - OK, Malick também só fez 4 longas-metragens - e presidente da Associação Portuguesa de Realizadores, entende que «pensar que a bilheteira vai ser o suporte do cinema português, ou mesmo do outro cinema, dá vontade de rir».
A vontade de rir deve-se ao programa de governo não acabar com os subsídios mas «ter em conta os resultados de bilheteira e o número de espectadores obtidos pelos filmes anteriores dos produtores e realizadores candidatos a apoios».
Segundo esta realizadora do cinema independente, «as bilheteiras não pagam os filmes» e por isso o referido princípio para pagar subsídios «vai ser outra perda de tempo que vai custar muito dinheiro ao país».
Reconheço alguma razão à insigne realizadora: pensar que a bilheteira vai ser o suporte do cinema português dá vontade de rir. E subsidiar filmes de realizadores incapazes de ter um público dá o quê? Aos sujeitos passivos dar-lhes-à vontade de chorar.
A Margarida Gil só lhe daria vontade de chorar se lhe cortassem de vez os subsídios e a deixassem, e a todos os seus colegas independentes, obrigada a viver do produto da sua arte.
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